segunda-feira, 30 de novembro de 2009

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Seja imparcial na escolha dos seus galos


Para um leigo, a luta entre dois galos parecerá uma disputa simples e desinteressante. Todavia, à medida que o neófito vai se integrando no esporte, coisas que não distinguia de inicio passam a lhe merecer estudos e observações até chegar a um estágio capaz de identificar com segurança um bom um ótimo ou um excepcional animal. Este predicado, entretanto, nem sempre está com quem admite possuí-lo. O entusiasmo ou um julgamento precipitado pode confundir qualquer galista e induzi-lo mesmo a um erro ao aquilatar os atributos bélicos de determinado galo. Em qualquer rinhadeiro encontramos uma infinidade de classificadores de galos e chegam mesmo a ser humorísticas as afirmações de certas pessoas ao referirem-se a determinados animais. É sabido que um galo, quando perde, nunca é criação do seu legitimo proprietário. Quando ganha, não falta quem apregoe ser o seu criador, quando não aparecem ainda os donos dos ascendentes, cuja árvore genealógica será sem duvida a mais intricada possível. Este é um adágio já muito nosso conhecido, mas isto somente não define uma alta categoria.
Para os poucos entendidos em galos, uma briga é boa quando há troca repetida de golpes, coisa muito comum no confronto entre dois animais frenteiros. Se são brigadores e sabem atacar e defender, para essas pessoas, trata-se de animais medíocres, pois a briga se tornará monótona, já que os golpes serão em grau muito menor. Este é um jeito errado e nada convincente e não de quem conhece realmente galos. São inúmeras as maneiras de se classificar um galo como bom. Ser frenteiro não é boa coisa para qualquer combatente empenado, mormente quando se defronta com antagonista que lhe coloca o pescoço por cima e não lhe dá distancia.
Os galos de sangue japonês de boa origem têm se mostrado mais eficientes nos rinhadeiros, posto que, de vez em quando, apareçam autênticos "nacionais" a lhes fazerem sombra. Mas não esperemos tudo de um galo sem que outros pormenores o auxiliem a consolidar suas credenciais combativas. Um bom preparo físico e uma alimentação adequada podem complementar o seu todo de guerreiro, mas isto também terá valor relativo se lhe faltar origem e um método racional de criação, onde o espaço, higiene, sol à vontade e boa alimentação não lhe venham faltar desde os primeiros dias de vida.
Como já citei, várias são as maneira de se classificar um galo como bom, mas de permeio temos que distinguir fatores que definem suas principais características na briga. Não na forma de lutar somente, mas em propriedades individuais que nos poderá ser antecedentemente admitidas com margem mínima de erro. Por exemplo, os galos atarracados, de costas largas e pernas separadas estarão mais credenciados a se sobressaírem pela força, pois seus golpes serão curtos e violentos. Se for um penalonga, de pescoço cumprido, poderá ser um esporeador por excelência, mas dificilmente um "bate-duro". Se o porte é quase vertical, pescoço longo e cauda baixa, fatalmente brigará em cima, mas poderá ser um "colarinho-duro", como a gíria galistica denomina os galos que lutam assim, pouco movimentando a cabeça. Se o corpo é baixo na frente, jamais subirá na briga.
As esporas colocadas próximo aos pés, constituem indicio de que o galo dá de esporas, o mesmo acontecendo se as extremidades dos ossos pélvicos estão muito próximas. Caso estejam muito separados será um "bate-espalhado". Não confiemos demais, todavia, nessa premissa.
Quando notamos manchas brancas numa ou em ambas as orelhas, fiquemos de sobreaviso, pois poderá ser um animal de pouca fibra ou mesmo um "largador".
Penas brancas miúdas no alto da cabeça é indício de muita raça e a isso os aficionados do Oriente dão o nome de "gotas de orvalho". Também admitem os povos daquela região que os galos de crista tombada possuem muita força.
A cor dos olhos também evidencia a casta do animal. Os olhos azulados que vão de uma tonalidade até o branco-pérola serão "raçudos" e destemidos. Quanto aos olhos alaranjados, são também tidos como razoáveis, diminuindo essas credenciais se possuem raias vermelhas. Os de olhos avermelhados não deverão merecer nossa confiança mas, quando eles são pretos, trata-se invariavelmente de um animal de fibra. Se a menina dos olhos é pequena, como uma conta, o galo será evidentemente de muita boa casta. Mas não nos surpreendamos se alguma dessas coisas não corresponderem ao que esperamos. Lembremo-nos de que nosso galos representam um emaranhado de cruzamentos e que dificilmente tais caracteres se apresentam mais ou menos fixados. Não obstante, aos poucos tópicos abordados, outros poderão ser associados, isto é, os métodos de briga e a maneira de dar ou bater que a nomenclatura galistica já definiu com farto vocabulário a ser abordado em outra oportunidade. A classificação de um galo como bom está na dependência de todos esses fatores e inequivocadamente pode-se afirmar que nem todo galista possui condições de desapaixonadamente identificá-los.
Tenho visto muito criador desfazer-se de certo animal por tê-lo como medíocre mas esse mesmo animal em outras mãos revelar-se mais tarde autêntico campeão da arena deixando perplexo seu primeiro dono.
Julgar e definir um soberbo galo de briga não é tarefa tão fácil assim. Apenas, devemos ter muitos elementos de convicção para fazê-lo e despojarmonos do excessivo e natural entusiasmo que sempre depositamos em determinados cruzamentos.
Outro fator que frequentemente surpreende ao galista mais experiente é a performance nada convincente de determinado galo tido como assombro, integrante de um grupo levado ao rinhadeiro. Embora sendo o mais credenciado, faz a pior briga deixando os louros da vitória para um outro, tido como de menos recursos. Do muito que dele se esperava nada se conseguiu; do outro, do qual pouco se contava, tudo se obteve. Isto, é óbvio, ficou logicamente na dependência de muitos fatores, mas briga de galos é assim mesmo e semelhantes fatos é que trazem emoção tanto na vitória como na derrota e levam aos rinhadeiros verdadeira legião de aficionados.

Raças puras de galinhas utilizadas em combate

O galo combatente atual apresenta duas origens, o Malaio e o Bankiva. O galo malaio original era um galo grande, de asas curtas, poucas penas, pernas fortes e não voava, vivendo basicamente no chão. Desta ave descendem todos os malaióides, entre eles os galos combatentes japoneses, indianos e nacionais. O galo bankiva, por outro lado, era um galo pequeno, de asas longas e empenamento abundante, cauda grande na vertical, vivia em árvores e era excelente voador, tendo asas muito fortes. Desta pequena ave descendem todos os combatentes banquivóides, entre eles os galos combatentes da Europa, América do Norte e Central e quase toda a América do Sul.

Os galos banquivóides são galos de menor tamanho do que os galos malaióides japoneses e indianos. Pesam cerca de 2,0 kg e apresentam cor avermelhada com crista e barbelas pequenas. Existe grande comércio entre América do Norte, Central e do Sul e Europa.

Combatente Shamo É uma raça oriental, levado da Tailândia (Sião) para o Japão. Faz parte de um subgrupo de raças malaias. São admitidas as variedades preta, preta de peito avermelhado e escuro. São aves do tipo esportivo com todas as características de combatentes. Trata-se de aves de grande porte, muito empinada, quase na vertical, muito musculosa, de pernas curtas escassas e bem aderentes ao corpo e cabeça tipo gavião. Apresenta crista ervilha,. Quando adultos os machos pesam em média 4,994 kg e das fêmeas de 3,178 kg. As galinhas produzem em média 80 ovos de casca tendendo ao marrom, que pesam cerca de 55 g.

Combatente Sumatra - É uma raça oriental de cor preta e crista ervilha. São galos franzinos, com estrutura óssea delgada. São aves negras, com bicos pretos, pernas pretas, asas longas e caudas bem longas. Quando adultos os machos pesam em média 2,270 kg e das fêmeas de 1,816 kg. As galinhas produzem em média 130 ovos de casca tendendo ao branco ou creme, que pesam cerca de 55 g.

Combatente Asil - É uma raça originária da Índia, descendente do malaio. Apresenta crista ervilha. São admitidas as variedades pretas de peito vermelho, escura, pintada e branca. Forte e violento. Quando adultos os machos pesam em média 2,497 kg e das fêmeas de 1,816 kg. As galinhas produzem em média 70 ovos de casca marrom, que pesam cerca de 40 g.


Principais doenças dos galos.


AFTA OU PLACA SIMPLES - Pequenas placas que se formam perto da língua e garganta dos galos e que são curáveis com Baytril 5%, na dosagem de 0,5 ml durante 10 dias intercalados ou Albicon (humano). Lavar com Permenganato de Potássio na medida de 1 x 10. Também poderá ser feito um tratamento com Fornegin spray de 3 em 3 horas, Cotonax ½ comprimido durante 20 dias, e Pentacilin 2 dias - 1 dose.

ANOREXIA - Falta de apetite e emagrecimento causado por doenças ou verminoses. Podemos superar esse problema com o fornecimento à ave de Potenay B12 ou Vitagold Potenciado.

APANTOTENOSE - Doença causada pela deficiência de vitamina B3. Os sintomas são lesões de pele, pálpebras, cantos dos bicos, pernas e pés. Problemas que também poderão ser resolvidos com o fornecimento de Potenay B12 ou Vitagold potenciado.

ARISTIN OU SARNA PODAL OU CASCÃO - Crostas que se formam nas pernas. Como tratamento lavamos as partes afetadas com sabão grosso e escova dura, para remover parte da crosta. E besuntamos com uma mistura de vaselina e querosene, até acabar o problema. Acarsan loção humana. Óleo queimado.

ARRIBOFLAVINOSE - Doença causada por deficiência de vitamina B2. Os sintomas são dedos torcidos, neuromalácia e crescimento fraco. Problema que também poderá ser resolvido com Potenay B12 ou Vitagold potenciado.

ASPERGILOSE - Causa problemas no sistema respiratório dos pintos apresentando ruídos na traquéia, respiração acelerada e difícil, olhos inflamados, sede, asas caídas, febre, sonolência, fraqueza, falta de apetite, perda de peso. Não existe tratamento. Pode-se tentar a Bisolvomycina injetável, que é um excelente antibiótico.

BOQUEIRA - Calosidade formada na junção dos bicos. O tratamento é limpar o local e pincelar com Iodo Metalóide(25g de iodo para 100ml de álcool) diariamente até a cura. Rifocina spray.

BOUBA OU EPITELIOMA CONTAGIOSO - Aparecimento de caroços que se espalham pela cabeça e às vezes pelo corpo da ave. Há diversos tratamentos: aplicar Terramicina LA e pincelar os caroços com uma pomada de banha e sal, vaselina fenicada a 2% ou solução de glicerina iodada, ou mesmo cauterizar os caroços com ferro em brasa. Oferecer diariamente pela manhã, 6 grãos de pimenta do reino, até que os caroços da bouba sequem e caiam. Tempero pronto(alho e sal). Pimenta moída na ração. Poupa de tomate com sal. Porém a melhor maneira de ficarmos livres desses problemas é vacinar as aves.

BRONQUITE INFECCIOSA OU LARINGOTRAQUEÍTE - Doença respiratória que ataca pintos até 2 meses. Apresenta tosse, ronco, corrimento nasal, dificuldade de respirar, olhos lacrimejantes, rosto inchado. O tratamento consiste na aplicação de antibióticos como Bisolvomycina, Terramicina LA, Ampitec e a complementação com vitamina A para uma recuperação mais rápida. Pentabiótico reforçado. Ampicilina sódica. Aminofilina.

CABEÇA ABERTA - Consiste na fragilidade do couro que protege a cabeça da ave na parte superior. A solução está em uma cirurgia na qual fazemos um corte e retiramos totalmente a pele fragilizada. Em seguida fazemos o descolamento parcial da pela na região ao redor de onde fizemos a retirada, unimos cuidadosamente fechando a abertura e ponteamos cuidadosamente. Medicamos com medicamentos cicatrizantes e é só esperar que a natureza encarrega-se do resto.

CALOS - São o resultado do contato constante com o piso duro. Em alguns casos a aplicação de sebo quente resolve. Entretanto, na maioria dos casos, é necessário se fazer uma cirurgia para estirpar o calo. Corta-se em cruz, retira-se o calo e desinfeta-se com éter, iodo ou cauteriza-se. É muito importante que a ave com calos seja colocada em gaiola sem poleiro e com piso de areia macia.

CARUARA OU GOTA - Doença que ataca a articulação do joelho dos galos, principalmente, os mais velhos. Começa com uma pequena película na articulação e se não for cuidado no início torna-se grossa e inutiliza o galo. O primeiro passo é mudar a ração retirando milho e proteína. Substituindo pôr verduras e outros cereais. Pincela-se o local com enxofre com óleo, pomada de penicilina, Bactrovet Prata.

CHOCO - Fazer uma galinha sair do estado de choco, às vezes, torna-se um problema. Existem algumas maneiras de proceder. E uma bastante eficiente é a seguinte.
Separá-la em uma pequena gaiola e mantê-la sem comida e água por uns 3 ou 4 dias. Dando-lhe banhos diários. É tiro e queda. Baixa-la para um galo durante o período de 5 a 7 dias pelo menos 1x por dia.

COCCIDIOSE OU EIMERIOSE - Parasitas que atacam o intestino principalmente dos pintos. Os sintomas são diarréia de sangue, asas caídas, penas eriçadas, anemia, perda de apetite, perda de peso e desidratação. O tratamento pode ser feito com Vetococ, Amprol, Sulquin e as vitaminas A e K.

CÓLERA OU PASTEURELOSE - Doença contagiosa de alta mortalidade. Os sintomas são: depressão, tristeza, cabeça sob as asas, sonolência, diarréia verde-amarelada, as aves não bebem e nem comem, a crista e as barbelas ficam arroxeadas, em alguns casos as barbelas, brincos, base dos pés e joelhos ficam quentes. O tratamento é à base de Vetococ, Clorantrat, Ampitec Teluricol, etc. porém, a vacina é o meio mais eficiente de livrar-se da doença.

COMPLEXO LEUCÓTICO AVIÁRIO ( Marek e Leucose ) - Doença contagiosa que pode ser transmitida até por descendência genética. Tem um índice de mortalidade em torno de 99%. Apresenta-se de diversas formas e os sintomas que antecedem ao aparecimento da doença são: a ave começa a beber água acima do normal e os grãos de alimento às vezes são expelidos inteiros nas fezes.
As diversas formas da doença são:

Ø Forma Nervosa - paralisia de pernas, pescoço e asas.
Ø Forma Ocular - a ave fica com o chamado olho de peixe.
Ø Forma Aguda - empalidecimento progressivo até a morte.
Ø Forma Visceral - a ave seca lentamente.
Ø Forma Óssea - os ossos das asas, pescoço, pernas se deformam, ficam encaroçados.
Ø Forma Ulcerosa - uma ferida mal cheirosa aparece no corpo, geralmente próximo ao encontro da asa aumentando em pouco tempo.

Barriga D'água - o abdome vai avolumando pouco a pouco, cheio de líquido. Há casos da ave aumentar mais de 1 kg.

Forma Diftérica - placas diftéricas aparecem na garganta da ave e não há antibiótico que debele o mal. Pode durar até 1 ano mas sempre sobrevem a morte.
Fora a vacina para a doença de Marek, que deve ser aplicada no 1o dia de vida, não há tratamento para essa doença.

CORIZA - Inflamação da mucosa, dos séptos nasais e da conjuntiva ocular. Os sintomas são: espirros, tosse, dificuldade de respirar, corrimento nasal, face inchada. O tratamento pode ser feito com Terramicina LA, Tylan, Vetococ, Ampitec, Baytril, Flotril, Iflóx etc.

CRUEIRA OU CASTANHA - Proveniente de medicação mal feita após o combate. É o acúmulo de sangue coagulado ou pus entre os tecidos. Em qualquer caso a melhor solução é a cirurgia, onde será retirado todo o processo, cauterizado com iodo. Dão-se alguns pontos sem fechar totalmente, para que a cicatrização se dê de dentro para fora.

DESINFECÇÃO - Na desinfecção da água de bebida para eliminas germes e bactérias podemos usar o Biocid, na proporção de 1 ml para 2 litros de água. Na desinfecção de gaiolas e aviários podemos usar o próprio Biocid ou Creolina.

DIFTERIA (PLACA) - É derivada da bouba. De difícil tratamento, principalmente em estado avançado. Temos várias indicações de cura que são: injeções intramusculares de Urotropina a 25%. Pincelar com uma mistura de Iodo e Glicerina. Pincelar com Azul de Metileno. Tocar as placas com Nitrato de Prata. Tribissen, Lincospectin, Própolis, querosene, Penicilina+estreptomicina injetado na cabeça. 1 grama de sulfato de cobre em ½ litro de água e dar a ave por 5 dias. Benzetacil injetável. Keflex ou Cefalexina. Ganadol pomada. Tetrex comprimidos. Violeta Genciana.

DRC - DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA - Doença respiratória que ataca o sistema respiratório superior e inferior, inclusive os sacos aéreos. Os sintomas são: tosse, espirros, dificuldade de respirar, corrimento nasal, cara inchada, perda de apetite, perda de peso, enfraquecimento e diarréia. O tratamento é feito com Terramicina LA, Ampitec, Estreptomicina, Tylan, Pulmodiazin, etc.

EMPAPAR - Retenção de alimento no papo, por doença ou outro motivo qualquer. Pode ser resolvido com: Sonrisal, Coca-cola, Cebola picada, Lacto-purga.

ENCEFALOMIELITE - Afeta o sistema nervoso dos pintos. Os sintomas são: expressão dura, opaca e sem vida no olhar. Incoordenação dos movimentos das pernas e das asas. A ave senta-se sobre os joelhos, cambaleia e não consegue mover-se. Tremores na cabeça, pescoço e corpo. Não come, nem bebe. Perde ou enfraquece a voz. Não existe tratamento, apenas prevenção pela vacinação.

ENTERITE ( E.Coli ) - Inflamação do intestino. Os sintomas são: falta de apetite, tristeza, diarréia, palidez, penas eriçadas, perda de peso e má conversão alimentar(empapar). Se os sacos aéreos também forem infectados, pode haver tosse e ronqueira. O tratamento é feito com Neomicina, Ampitec, Terramicina, Penicilina, Estreptomicina.

ESPIROQUETOSE OU BORRELIOSE OU ESPIRILOSE OU NORDESTE - Doença transmitida por carrapatos. Os sintomas são: tristeza, febre, diarréia verde, perda de apetite. O tratamento é feito com Benzetacil, Ampitec, Neomaizon. E deverá ser feita a pulverização das instalações para eliminação dos carrapatos.

FAVO OU TINHA OU BOUBA BRANCA - Espécie de fungo parecido com mofo, que aparece na crista, barbelas e às vezes espalha-se pôr outras partes do corpo. O tratamento pode ser feito com enxofre com óleo ou Daktarin loção, Cetaconazol, Fungol, Ácido Bórico, vaselina formolada, vaselina boricada.

GALO RONCANDO - Tyladen aplicar 3 doses de ½ ml em dias alternados. Tormicina 100. Violeta Genciana 2 vezes ao dia. Agrovert e Flotril 10% aplicar 1 ml por 3 dias alternados, Amoxacilina.

GOGO - Doença que surge por causa de correntes de ar, mudanças de temperatura, umidade e frio excessivos. Os sintomas são olhos lacrimejando, corrimento nasal fétido, perda de apetite. Se não for cuidado se tornará crônico. O tratamento pode ser feito com Terramicina LA, Tylan.

HEMORRAGIAS - Poderão serem usados os produtos a seguir: Ipsilon comprimidos. Hemostop. Vitamina K injetável, Efederm.

HEMORRÓIDAS - Vez por outra encontramos um galo com esse problema. Como tratamento, devemos lavar o local com Permanganato de Potássio misturado a água na proporção de 1 colher de chá para 1 litro de água. Durante o tratamento a ave não deverá ser alimentada com milho, somente com pão com leite e banana com casca. Aplicar 0,5 ml de Baytril a 5% durante 5 dias alternados.

ICTERÍCIA - Não é comum. Os sintomas são: pele e tarsos amarelados excessivamente, temperatura abaixo do normal, perda do apetite em alguns casos, sensível perda de peso, músculos flácidos, a ave passa mais tempo deitada. Fácil de curar se descoberta a tempo. O tratamento começa com a suspensão do milho. Alimentar a ave com arroz com casca, aveia sem casca e triguilho, bastante verdura. O tratamento pode ser feito com purgantes salinos, como seja o sal amargo e fornecer Extrato Hepático na água de bebida. Há uma receita que consiste em tostar uma castanha de caju com casca e tudo, triturar e fazer uma papinha misturando um pouco de leite e dar ao galo em jejum.

MONILIASE - São ulcerações que se formam na mucosa digestiva. Poderá ser tratado com Pentabiótico pequeno forte. Nistatina.

MUDA - É a troca natural de penas. Para apressar o início e o término da muda podemos executar o seguinte:
1 - Colocarmos as aves em gaiolas às escuras por uns 10 dias.
2 - completados os 10 dias, cortamos comida e água pôr 3 ou 4 dias.
3 - completado o período voltamos a fornecer água e ração. Porém devemos enriquecer a ração com castanha e girassol.
4 - quando a muda já estiver bem avançada, começamos a banhar o galo todos os dia e colocá-lo no passeador para enxugar ao sol.

NEWCASTLE OU PNEUMECEFALITE - Vírus que propaga-se rapidamente. Os sintomas são: perda do apetite, espirros, tosse, dificuldade de respirar, paralisia parcial, tremores, torcedura do pescoço, cambalhotas para trás, caminhar em círculos. Não há tratamento eficaz, apenas prevenção pela vacinação.

OFTALMIA - Problemas de visão que podem Ter diversas causas. Sempre que for notado qualquer lacrimejamento, vermelhidão ou inflamação ocular deveremos ter, sempre um bom colírio ou pomada e fazer dela uso imediato.
Geralmente os problemas oculares são de 3 tipos:

1- Infecções : que devem ser tratadas com pomadas de antibiótico como: Biamotil, Tobrex, Ciloxan, Tetraciclina. etc.
2- Pancadas ou Perfurações : nesse caso a primeira providência deverá ser proteger a ave, principalmente do excesso de luz e usar as seguintes pomadas: Maxitrol, Tobradex, Biamotil-D, Dexafenicol, Eptezan.

O resto é com a boa capacidade de recuperação da ave.

No caso de pancada com edema de sangue no interior do olho. Efetuar, na hora, um corte ou perfuração no céu da boca do galo, do lado do olho atingido e deixar sangrar. Dipirona gotas para baixar a pressão. Hortelã. Água c/açúcar.

ONFALITE - Infeção bacteriana do umbigo dos pintos recém nascidos. O tratamento consiste na manutenção de temperatura ideal e o uso de Penicilina e Estreptomicina. O melhor meio é a prevenção com limpeza desinfeção e temperatura e umidade corretos.

OSTEOMALÁCIA - As aves apresentam-se com os ossos moles e fracos. Problema que poderá ser resolvido com Catosal, Calcifetrim.

OTITE - São inflamações de ouvido muito comum nos galos. Podemos usar o Oto-vet gotas que é fabuloso. Também tem o Panotil, Ouvidonal.

OTORRÉIA - Corrimento amarelo que se forma no ouvido das aves. Poderá ser resolvido com o uso de OTO-VET.

OVO VIRADO - Problema com que podemos nos deparar envolvendo às vezes uma reprodutora muito importante. Um purgante de óleo de rícino poderá ajudar a resolver o problema, mas a solução dependerá muito mais da habilidade daquele que estiver cuidando da ave. Existem pessoas que com muita precisão conseguem fazer a retirada do ovo e solucionar o problema.
Existe um produto chamado Prolacton veterinário. Aplicar 1 ml, caso não saia na primeira, aplica-se outra dose com 12 horas. E caso ainda não, outra dose com 24 horas.

PARATIFO - Causada por salmonela. É similar à pulorose e os sintomas são: pintos com asas caídas, penas arrepiadas, diarréia, cloaca empastada e com tendência a se amontoarem juntos. O tratamento pode ser feito com Vetococ ou Quemicetina oral.

PÉ INCHADO OU OUTRA ARTICULAÇÃO - Bastante comum. Pode ser resultado de pancadas, perfurações, etc. A primeira providência será por a ave em gaiola com piso de areia fina e retirar o poleiro. Podemos utilizar, dependendo do motivo da inchação, o expediente de engessar o pé da ave. Usamos para isso gase gessada, encontrada em qualquer farmácia. Durante o tempo em que estiver engessado o galo deverá receber aplicações de 2 em 2 dias da Rifocina injetável, na proporção de 0,5 ml, juntamente com antitóxico oral na proporção de 1 ml diário. Também poderá ser usado, tanto no caso do uso do gesso, como em caso de perfurações o Cort-trat injetável na proporção de 0,2 ml de 2 em 2 dias. Outro tratamento consiste no uso de um recipiente com água. Hora com água morna com sal. Hora com água e pedras de gelo. Isso pelo menos 4 vezes por dia, e deixar o galo com os pés mergulhados por uns dez minutos ou mais. Também podemos aplicar o Pedref a 2% na dose de 0,5 ml durante 4 dias. De resto muita paciência. Benzetacil injetável. Agroplús injetável aplicar 3 doses de ½ ml em dias alternados por via subcutânea, Fenil Butazona.

PEITO ROXO - Infecção provocada pôr deficiência de selênio. Os sintomas são: o peito, asas, face e articulações ficam roxo-azulados. Há um exudato gelatinoso entre os músculos e a pele. Aves deprimidas com cabeça e joelhos inchados, pálidas, diarréia, perdem peso, recusam-se a caminhar. O tratamento é feito com Quemicetina oral, Clorantrat, tudo que contenha Cloranfenicol.

PERDA DO BICO - Hoje com a qualidade dos bicos metálicos, esse problema tornou-se mais facilmente solucionável. Entretanto nunca será demais aprender. No caso da perda do bico inferior dificilmente o mesmo voltará a recuperar-se 100%. No caso de perda de bico, seja superior ou inferior, a primeira providência será colocar o animal em lugar que ele não tenha a mínima condição de bicar superfície dura. Isso inclui o recipiente onde é fornecida a alimentação e água. Deveremos fornecer alimentação rica em proteína e cálcio. E aplicar sobre o bico afetado o ungüento de Basilicão. O resto é paciência.

PERNA QUEBRADA - No caso de quebra de perna ou coxa, deveremos engessar com cuidado, usando a gaze gessada e colocá-lo numa camisa pendurado no teto da gaiola, de forma que as pernas não toquem o piso. Ficando com as asas imobilizadas para não debater-se. O papo e a cloaca livres. Com água e comida ao alcance. A alimentação deve ser de preferência, ração para pintos, molhada, com banana e verduras. Aplicar 0,5 ml de Baytril a 2 ou 5% por 3 dias consecutivos.

PEROSE - Doença dos pintos que causa deformidade dos ossos, causado por desequilíbrio de fósforo, cálcio e magnésio. Poderá ser resolvido com Potenay B12.


PEVIDE - É conseqüência de uma estomatite. Um laxativo de Maná e Sal Amargo ajudará a fazer desaparecer a pevide sem que se faça necessário a extração.

PIOLHO, CARRAPATO E PICHILINGA - São parasitas de galinheiro. O tratamento será feito com a aplicação de Talfon ou Bolfo em pó, tanto na ave quanto nas instalações. Pode ser feito ainda com o uso de Kattox, Buttox ou similar na proporção de 2 ml para cada 1 litro de água. Pulveriza-se instalações e aves. Acatak. Ivomec aplicar 0,2 ml subcutâneo.

POSTURA - Para galinhas que param de botar por muito tempo sem explicação. Aplicar 1 ml de Pró-Cio veterinário. Repetir com 15 dias e duas vezes mais de 30 em 30 dias.

PULOROSE OU SEPTICEMIA OU DIARRÉIA BRANCA - Similar ao paratifo. Conhecida como diarréia branca dos pintos. Os sintomas são: diarréia branca, asas caídas, sonolência, empenação parece molhada, pintos gritam ao defecar, cloaca empastada. O tratamento poderá ser feito com Vetococ, Quemicetina oral, etc.

RAQUITISMO - Ausência de vitamina D na fase de crescimento, causa a deformação dos ossos, principalmente as pernas e a quilha. O mal pode ser evitado se juntarmos à ração a farinha de ossos, caucáreos e óleo de fígado de cação. Também temos a ADE injetável. Catosal. Potenay B12.

REUMATISMO - Não é muito comum, entretanto pode ocorrer. Os animais ficam com pernas fracas até não poderem mais andar. Deve ser evitada a umidade nas gaiolas. Segundo alguns a alimentação de carne crua e ostras moídas é muito benéfica.

SINGAMOSE - Bocejo ou pigarro causado pôr um verme que vive na traquéia, roubando sangue e dificultando a respiração. O tratamento pode ser feito com Gogol, Averol, Vermogim.

TETRAMEROSE - Enfermidade causada pela ingestão de bichos como barata, mosca, gafanhoto, etc. A ave contaminada continua a alimentar-se normalmente. Porém perdendo peso. É atacada pôr diarréia aquosa abundante. Não há tratamento específico.

TIFO OU ENTERITE OU MAL TRISTE - Causado pôr salmonela. Os sintomas são: sede, perda de apetite, diarréia verde-amarelada, aves isolam-se, asas caídas, cabeça baixa e embaixo da asa, febre alta, morte em 1 ou 2 dias após os primeiros sintomas, apresentam o músculo do peito com aparência de cozido, ficam empapados, cristas e barbelas empalidecidos. Tratamento com Vetococ, Ampitec, Teluricol, Quemicetina oral ou Clorantrat.

TUBERCULOSE - Semelhante ao humano a ave tem dificuldades respiratórias e emagrece rapidamente. Poderá ser tratado com Dihidroestreptomicina, Sulfabiótico.

TUQUE - São lesões neurológicas causadas pôr esporadas durante o combate. E que podem inutilizar o animal. Porém a inutilização geralmente é causada pela deficiência na medicação da ave. O galo tucado em combate deverá ser medicado imediatamente após o combate. Existem medicamentos que quando bem usados podem recuperar totalmente a ave. São eles:

Cort-trat ou Azium (Dexametasona ) – injetável
Nootropil – injetável
Dexa-Citoneurin – injetável
Organoneurocerebral – comprimidos

VENTOSIDADE - Pode ser causado pôr excesso de esforço em treino ou combate. Esse excesso de esforço geralmente acontece pôr deficiência de preparação física da ave. O esforço causa a ruptura de sacos aéreos e a penetração do ar no corpo pôr baixo da pele, transformando-se em verdadeira câmara de ar. Não se pode resolver facilmente o problema, porém pode-se cortar a pele em vários pontos para fazer sair o ar. Deixar a ave bastante tempo sem fazer esforço para esperar que o mal, com sorte, não retorne.

VERMES NOS OLHOS - Pequenos vermes que causam inflamação nos olhos das aves. São os Oxyspirura. Existe uma cura caseira que sempre usei com bom resultado. Consiste em pingar 3 gotas de iodo em 2 ml de água e misturar. Em seguida com a ajuda de um conta-gotas instilar nos olhos da ave.

VERMINOSES - Os mais comuns que parasitam as aves são: a tênia, ascaris, heterakis e capilária. Para eliminação podem ser usados o Mebendazol, Ivomec, Systamex, o Proverme ou outros similares. Eu gosto muito de usar uma medicação caseira que aprendi quando garoto. Ela consiste em oferecer ao galo um pedacinho de sabão comum de mais ou menos 1 cm2 , uma vez ao mês. Notamos que após ingerirem o sabão as aves passam a alimentarem-se melhor. Também costumo passar no liqüidificador algumas folhas de mamoeiro com água, peneirar e administrar uma pequena medida do líquido diretamente a cada galo ou galinha. Para a tênia encontramos grande eficiência no Iomesan ou Vetox (humano). Vermífugo para cães ¼ de comprimidos.


OBS. : Todo criador deve Ter em casa e sempre à mão o medicamento COLIBAN Oral, pois o mesmo é de uma versatilidade a toda prova. Qualquer problema que aparece no aviário e que não conseguimos detectar com precisão este medicamento resolve a maioria. É aconselhável de 2 em 2 meses colocá-lo na água de bebida de todas as aves, durante 3 dias como preventivo contra infecções.

O bico do combatente

Autor: Francisco Elias

Manter o bico do combatente em perfeitas condições para seu satisfatório desempenho no rinhadeiro tem sido a luta de todo galista. Como nós sabemos, há também, os acidentes durante as pelejas e como é óbvio, podem tornar um bom galo de briga imprestável para futuras disputas. É o caso da inutilização dos bicos (superior ou inferior), sendo que a perda do debaixo tira para sempre o galo dos rinhadeiros.
É sabido que a perda do bico superior, desde que o “sabugo” não esteja atingindo duramente, não causa preocupações ao galista, dentro de um mês ou pouco mais, com alimentação rica em proteínas e calcários e bastante sol, nova capa córnea se formará continuando o animal em perfeito estado e pronta para novas atividades no “tambor”. Já a perda do bico inferior, constitui sério problema, pois jamais se recomporá em condições desejáveis. Talvez, por esse motivo, a natureza o tenha feito mais resistente do que o superior, não sendo comum sua perda. Entrementes, embora o bico superior recomponha com o tempo, pode, se duramente atingido, nunca mais voltar a sua condição normal. Há animais que possuem bico frágil e muitas vezes isso é um defeito hereditário, comum em certas famílias ou linhagens. Ao contrário, encontramos galos de bico de sólidas formação córnea e de grande resistência. Nesse caso, estão enquadrados os galos de bico “cano” ou de “três canos”, conforme denominação da gíria galista para identificar o bico possuidor de dois sulcos, um de cada lado, que acompanha o seu comprimento. As escorvas prolongadas, principalmente quando são animais beliscadores, geralmente causam problema ao bico. O uso das “biqueiras”, (há quem não goste delas), é o único meio de se poupar o bico dos combatentes. Quando o animal e por demais “cortador”, podemos usar a “biqueira” somente para o bico de cima, ou então envolvê-lo com esparadrapo. Artifícios existem para que devido a algum acidente sério não fique um bom galo afastado das competições por inutilização do bico. Atualmente, vem sendo usado o bico de prata e há quem os fabrique muito bem. São eles produzidos em jogos, com vários tamanhos, de forma a servir na medida exata a qualquer animal que tenha perdido o bico natural ou encontre-se ele ressequido em virtude de próxima mudança, ou ainda quando se solta durante a briga. Neste caso, recoloquemo-lo e sobre o mesmo encaixemos o metálico, podendo, também ser este colocado diretamente sobre o “sabugo”. Geralmente, são encaixados na hora da briga e amarrados à crista por meio de cordões finos resistentes, pois é importante que fiquem bem firmes e não incomodem os galos. Mas, existe outra particularidade que deve merecer nossa especial atenção. É o comprimento excessivo do “gavião”, que além de dificultar o apresamento do animal pode contribuir para que seja o bico parcialmente danificado. Com lixa grossa ou uma lima, podemos reduzi-lo ao tamanho desejado em poucos minutos sem nem um dano ou contratempo. E um conselho; nada de “batidas” prolongadas com o bico desprotegido, pois isto acarretará invariavelmente acidentes e conseqüentemente atraso no preparo dos animais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CASO SEU CRIATÓRIO SEJA INVADIDO ARBITRARIAMENTE

Caso algum dos companheiros passem pelo dissabor de ter suas residências invadidas arbitrariamente exijam, como cidadão q vive num "estado democrático de direito": 1- que a autoridade exiba o mandado judicial; 2- que uma vez apreendidas as aves, sejam lavrado termo de apreensão, descrevendo cada uma das aves, mencionando o peso de cada uma; 3- peça q fotografem as aves e se negarem, fotografe vc mesmo; 4- exija q sejam levadas amostras da ração fornecidas as aves (para fazer prova da alimentação diferenciada a elas fornecidas); se puder filmar a ação, acompanhado de advogado, seria uma importante medida; 5- exija q se arrolem as vitaminas e remédios existentes no local e fotografe cada um deles (para demonstrar que não se faz uso de substâncias nocivas à saúde da ave); 6- por fim, tão logo seja concluída a diligência policial, ingresse com um medida cautelar (ouso dizer, seria viável até impetração de mandado de segurança preventivo), a fim de que o juiz determine que as aves devem ser mantidas vivas até o fim do procedimento investigatório ou ação penal a ser deflagarada, requerendo, inclusive seja feita uma vistoria imediata nas aves por veterinário e perícia, com exame hematológico, para demonstrar não haver substâncias nocivas no sangue dos galos. E, por fim, após o arquivamento do procedimento investigatório penal ou absolvição da ação penal, o que não há como ser diferente, porque criar e preservar não é crime, faça uma representação contra a autoridade por crime de abuso de autoridade e promova uma ação por danos morais. Se cada um de nós agirmos desta forma, teremos com certeza nossos direitos de criadores respeitados. Só para terminar, quem não puder pagar um advogado, procurem a Defensoria Pública, que tem o dever constitucional de assistir juridicamente aqueles q não possuem condições financeira de pagar advogado.

Rinha de galo é liberada pelo Tribunal de


Justiça de Mato Grosso


Decisão está na contramão da lei que vigora em outras partes do país.
Entidades que defendem os animais criticam decisão da Justiça de MT.

Na arena a briga entre dois galos expõe toda a violência das rinhas. As imagens foram feitas com uma câmera escondida. Enquanto assiste a briga, um apostador revela o destino dos galos derrotados.



Veja o site do Jornal Hoje

“Ele já está muito machucado, a esporada não tem jeito. O normal ele perde, ele cai morto. Isso é o normal. Mas, às vezes, ele morde algum outro que está batendo nele, dá uma pancada e ele cai mortinho”.

Em Cuiabá, rinha de galo tem endereço certo. Uma associação avícola, ironicamente conhecida entre os freqüentadores, como Sangue, promove brigas toda a semana. A polícia já tentou fechar o local, mas, por uma decisão judicial, a atividade continua.

Em 11 anos foram três julgamentos, todos favoráveis à associação que mantém a rinha. No ultimo, os desembargadores entenderam que a briga de galos é uma manifestação cultural e torna Mato Grosso o único local do país em que a rinha é amparada pela Justiça.

No Brasil, há dez anos a lei que define os crimes ambientais proíbe a rinha de galos, por considerar uma forma de violência humana contra animais. Em outros estados, essa atividade é combatida pelas autoridades.

Em Avinópolis, a 70 quilômetros de Goiânia, a policia ambiental apreendeu 24 aves, a maioria ferida e algumas mortas. Oito pessoas foram presas em flagrante.
Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, mais de 400 galos foram encontrados em uma chácara, muitos com marcas de combate.

A decisão da Justiça em Cuiabá causa revolta entre as entidades que defendem os animais. “Dá respaldo legal para uma prática cruel como esta, é você colocar o estado de Mato Grosso num ranking de vergonha nacional”, declara Monica Buzelli, vice-presidente da Associação Voz Animal.

O caso aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal, enquanto isso o produtor de meio-ambiente de Mato Grosso se sente de mãos atadas. “Frustração e decepção, no caso com o nosso tribunal. A decisão estaria apropriada para os tempos das cavernas. Agora, no atual estágio civilizatório, naturalmente que é inadmissível este tipo de prática”, afirma Domingos Sávio, promotor do meio ambiente.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso não quis se manifestar sobre assunto.

Justiça libera rinha de galo na Paraíba

Juíza libera rinha de galo e decisão revolta ambientalistas na Paraíba


A briga de galo voltou a ser liberada na Paraíba. A decisão foi da
juíza da 5ª Vara da Fazenda da capital, Maria de Fátima Lúcia Ramalho,
por entender que o “galismo” - nome dado à prática – é um esporte
milenar e que a Legislação brasileira não traz nenhuma proibição a
tal. A decisão revoltou defensores da fauna e flora brasileira, a
exemplo da Associação Paraibana Amigos da Natureza (Apan).

A presidente da associação, Socorro Fernandes, disse que a decisão foi
vista como um retrocesso. “Não podemos aceitar que esse absurdo seja
liberado. Classifico a decisão como falta de humanidade, pois a briga
de galo configura crime de maus-tratos a animais silvestres”,
destacou. Para a associação, a juíza desprezou a lei ambiental
9.605/98, que proíbe crimes contra a fauna e prevê, além de multa,
detenção de seis meses a um ano. A lei se estende aos animais
silvestres, nativos, exóticos, domésticos ou domesticados.

Segundo a ambientalista, quem for flagrado em rinha de galo é
enquadrado em crime ambiental, que prevê detenção de três meses a um
ano. A multa é de R$ 2 mil mais R$ 200 mil por cada animal envolvido.
“A maior punição é se um grupo, de três ou mais pessoas, for pego
praticando o crime”, disse. Nesse caso, o grupo pode ser autuado por
formação de quadrilha. “Apenas pessoas doentes e ambiciosas
classificam o crime ambiental como esporte”, declarou. De acordo com
Socorro Fernandes, o sofrimento vivido pelos galos é terrível. Quando
completam um ano de idade, o galo já está preparado para a briga e
passa pelo trato, que implica cortar as penas do pescoço, coxas e da
região abaixo das asas. “O treinamento é cruel, ninguém pode imaginar
o sofrimento a que esses animais são submetidos”, lamentou. A luta
entre galos dura cerca de uma hora.

“Permitir que a prática da briga de galo ou a prática de galismo é
voltar à barbárie”, declarou Socorro Fernandes, acrescentando que a
associação vai procurar o Ministério Público, o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal.
“Pedimos que a população continue denunciando a prática de briga de
galos, o que pode ser feito através do telefone 3042-5875. “Não
podemos permitir que a falta de sensibilidade e humanidade afetem os
animais”, concluiu.

A decisão da juíza foi a resposta de uma ação pela Associação de
Criadores e Expositores de Raças Combatentes que teve o objetivo de
conseguir liminar que proíba o impedimento do livre exercício do
“galismo” por órgãos ambientais. “É que não há no ordenamento juridíco
vigente norma que proíba a prática do esporte denominado popularmente
briga de galo”, destacou a juíza em seu parecer.

A decisão ainda deve render muita polêmica. O superintendente do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama),
Ronílson da Paz, disse que o setor jurídico do órgão está analisando a
decisão da juíza para tomar as providências necessárias e cabíveis. “A
liberação tem de ser analisada minuciosamente, pois pode acontecer da
Justiça estadual não ter competência para julgamentos sobre leis
federais e interferir nas ações do Ibama”, explicou Ronilson.

Conforme ele, a prática de qualquer atividade na área pode culminar em
multas que variam entre R$ 1 mil a R$ 1 milhão. O superintendente
lembrou que a rinha de galo, além de configurar delito penal, por
maus-tratos a animais, também configura infração ambiental. Segundo
Ronílson da Paz, existe uma área, embargada pelo Ibama desde 2008, que
servia de palco para rinhas de galo em João Pessoa. A arena das rinhas
ficava no bairro do Rangel. No local, o Ibama apreendeu mais de 200
galos que lutavam nas apresentações que aconteciam à noite.


Jornal da Paraíba