quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE A TOSA DO GALO

Autor: Francisco Elias


Os galos combatentes que vão ser treinados, é sabido, devem ser tosados devidamente, a fim de que o preparo físico das aves seja facilitado e o seu porte torne-se mais vistoso e elegante. É difícil e trabalhoso preparar um galo todo empenado, sendo que os galistas que por vezes assim o fazem, visam unicamente dar a falsa impressão de que o animal está “xucro”, tirando vantagem desse expediente. Um galista zeloso, tosa o galo cuidadosamente, porém, a maioria, para as penas de acordo com as qualidades das aves demonstradas na primeira “batida” ou “escorva”, o que explica a irregular falta de gosto na aparência dos galos nos rinhadeiros.

A tosa deve ser racional e de acordo com o clima da região, não se justificando desbastamento excessivo observado nos galos dos estados sulinos, pois o frio é rigoroso. Os galos devem ser tosados nas partes imprescindíveis ao rápido treinamento, sem exageros, sem prejuízos á elegância e linhagem das aves. As penas do pescoço devem ser aparadas nas paradas nas partes laterais, numa linha um tanto sinuosa, principiado no bico inferior e terminando na parte superior da junção do pescoço com o corpo. Assim, ficarão facilitadas as massagens e a flexão do pescoço. As penas da parte inferior (interna), das asas podem ser aparadas numa semicircunferência no local confrontante com as costelas do galo, pois quando umedecidas por ocasião dos “refrescos” facilitará o equilíbrio do aparelho respiratório. As penas dos flancos, devem ser aparadas em ângulo reto, com vértice em direção á asa, terminando as aberturas em direção a cauda e ao joelho da ave. Também, as partes inferiores do baixo-ventre devem ser tosadas. As penas das coxas devem ser aparadas, de forma que visto de frente, o galo deixe à mostra apenas a parte anterior, ou seja, somente as laterais deverão ser tosadas. A extremidade da cauda deve ser aparada a gosto do galista, mas nunca excessivamente. Isto, para evitar que o animal pise na cauda quando em combate, já que isto muito o prejudicará. Para o galista veterano a tosa não representa problema, mas os novatos devem observá-la nos galos dos mais antigos e experientes, pois cada um tem seu gosto e, além do mais, as conveniências racionais do imperativo do clima de cada região não devem ser desprezadas.

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